segunda-feira, 23 de maio de 2011

O COMÉRCIO DOS ANIMAIS SILVESTRES

Animais silvestres ‘exóticos’ são cada vez mais explorados pelo comércio

21 de maio de 2011

Vendido por até 4.000 reais, o sagui é o mais explorado atualmente nas pet shops paulistanas
Sagui fora de seu habitat mora em plena Vila Olímpia (Foto: Fernando Moraes)
O sagui da foto acima, desde o mês passado, vive no apartamento do empresário Eduardo Fleury, na Vila Olímpia. “Gasto umas três horas por dia em cuidados com ela e quero comprar agora um viveiro mais espaçoso para aumentar seu conforto”, afirma ele, referindo-se à fêmea de sagui que virou seu novo animal de estimação. Nos últimos tempos, várias pet shops da cidade começaram a oferecer essa espécie de macaco, a preços que variam de 2.000 a 4.000 reais. No Galpão Animal, na Vila Leopoldina, a procura tem sido tão alta que faltam filhotes para atender tantos clientes. “Vendemos hoje uma média de cinco por mês”, conta a gerente Marina Britto.
O empresário Eduardo com o sagui comprado em pet shop: espécie vendida hoje ao lado de bichos como a arara e o teiú (Foto: Fernando Moraes)
Os saguis fazem parte da nova safra de bichos exóticos dos estabelecimentos especializados. A relação inclui ainda o teiú, um lagarto que pode chegar a 1,5 metro de comprimento (800 reais), e a arara-vermelha (entre 6.000 e 9.000 reais). Eles nascem em cativeiro e sua comercialização é controlada pelo Ibama.
Abrigar um macaco em casa é bem mais complexo do que manter um cão ou um gato. O animal é muito delicado e suscetível a doenças como gripe e herpes. “Além disso, o macho pode se tornar agressivo no período reprodutivo”, alerta Cristina Marques, bióloga do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo. Nos anos 90, várias pessoas investiram na aquisição de ferrets, também conhecidos como furões. A moda passou rápido e boa parte deles acabou descartada por seus “tutores”. O Parque Ecológico do Tietê é um termômetro do problema: recebe por mês cerca de 1.000 bichos de todos os tipos abandonados na capital. Depois de tratados por veterinários, eles são remanejados para criadouros especializados.
Com informações de Veja

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