quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROJETO SOBRE AVES MARINHAS EM PORTUGAL


Projeto permite conhecer aves marinhas e avaliar impacto da atividade humana para espécies

25 de maio de 2011

Projeto europeu reúne dados sobre a situação das aves marinhas a fim de elaborar mapas de distribuição e definir áreas protegidas, permitindo avaliar impactos da atividade humana
O objetivo do projeto FAME (Future of the Atlantic Marine Environment – futuro do ambiente marinho atlântico, em português), que decorre até final de 2012, é “identificar as áreas importantes para as aves marinhas e designar como áreas marinhas protegidas no âmbito da rede Natura 2000″, disse à agência Lusa a coordenadora do programa em Portugal, Joana Andrade.
“Pretendemos também abordar algumas áreas como o impacto de algumas atividades humanas nas populações de aves marinhas, como a pesca e a implementação de energias renováveis marinhas, como a energia das ondas e a eólica off-shore”, especificou a especialista da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
Nos primeiros meses do projeto, com a duração de três anos, foram efetuados vários trabalhos para concretizar o conhecimento das espécies, sobretudo censos das aves marinhas, tanto em embarcações, como na costa e através de observação aérea.
Joana Andrade deu os exemplos de monitoramento das colônias reprodutoras do arquipélago das Berlengas, e o seguimento individual de aves através da colocação de aparelhos eletrônicos, sobretudo com cagarras. Foram marcadas 95 aves.
Já nos censos marinhos, foram recolhidos dados ao longo de cerca de 12 mil quilômetros da costa continental, e nos censos costeiros realizaram-se contagens todos os meses em cerca de 13 pontos.
No segundo semestre, será desenhado um mapa de risco para a biodiversidade assinalando quais as áreas com maior valor em termos de biodiversidade, por existirem espécies mais ameaçadas, e cruzar essa informação com as áreas que têm potencial para a instalação de unidades de energia das ondas e eólica off-shore, para se ter conhecimentos das zonas que devem ser evitadas.
Se a energia eólica e de aproveitamento das ondas avançarem sem ter em conta algumas normas “poderá ter consequências muito graves para a fauna marinha”, salientou a coordenadora nacional do FAME.
Irlanda, Reino Unido, França, Espanha e Portugal são os países que se juntaram no FAME. Em Portugal, além da SPEA, representante da BIRD LIFE neste projeto, a parceria envolve a Universidade do Minho, o Centro da Energia das Ondas, relacionado com as energias marinhas, a Sociedade Portuguesa para a Vida Selvagem e a Martifer.
Fonte: SicNotícias

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