MP cobra detalhes sobre pesquisa em cães de Universidade em Maringá (PR)
26 de maio de 2011
A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente encaminhou nesta semana um ofício para a reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) pedindo informações sobre as experiências de implantes dentários que utilizam cães da raça beagle, conforme foi publicado pela ANDA.
No ofício, o promotor José Lafaieti Barbosa Tourinho informa que a instituição tem o dever de passar detalhes da pesquisa e informar se há meios alternativos ao uso dos animais.
A suspensão das experiências já havia sido pedida em março pelo então promotor Manoel Ilecir Heckert. A justificativa é que a UEM não apontou a existência de meios alternativos ao uso de animais vivos no experimento.
“A resposta que a UEM nos deu até agora foi muito genérica”, afirma Tourinho. “Simplesmente diz que estão usando animais para uma pesquisa de implantes dentários e que depois de algum tempo eles são mortos.”
O motivo das respostas evasivas da instituição, segundo o Ministério Público, está em um decreto que determina sigilo sobre os experimentos.
Tourinho contesta e afirma que o próprio texto do decreto avisa que o segredo pode ser quebrado por interesse particular e público.
“E me parece que o meio ambiente é um interesse público, principalmente quando há milhares de pessoas inscritas em um abaixo-assinado querendo saber o que a UEM está fazendo no Departamento de Odontologia.”
A Promotoria também quer saber se a Vigilância Sanitária do município fiscaliza as instalações do Biotério da UEM e se o local tem licenciamento ambiental do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A universidade informou, pela assessoria de comunicação, que a procuradoria da instituição encaminhou o pedido para o Departamento de Odontologia, que tem até o dia 31 de maio para dar informações sobre o experimento. Em seguida, os esclarecimentos serão enviados à Promotoria do Meio Ambiente.
Fonte: O Diário
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