segunda-feira, 23 de maio de 2011

DOENÇAS DO APARELHO REPRODUTOR EM CÃES E GATOS

Patologias do sistema reprodutor em cães e gatos


Lorena Gabriela Rocha Ribeiro
Médica Veterinária, Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Considerando a sobrevivência de uma espécie o sistema reprodutivo é possivelmente o mais importantes. De forma geral a função do sistema reprodutivo na fêmea é fornecer um local para a concepção, desenvolvimento e eventual liberação de uma cria viável. Já a função do sistema reprodutivo feminino gira em torno da produção e transporte dos espermatozóides (Foster, 2009).
O sistema reprodutor nas fêmeas é composto por ovários, tubas uterinas, útero, vagina, vestíbulo e vulva. O trato reprodutivo do macho pode ser dividido em três partes principais com base não somente na localização anatômica, mas também com base nas características funcionais e nas doenças mais importantes. As três principais regiões são o escroto e seu conteúdo; as glândulas genitais acessórias; e o pênis e prepúcio (Foster, 2009).
As doenças do sistema reprodutor são comuns na medicina veterinária, tanto nas fêmeas quanto nos machos das diferentes espécies. Enfermidades nos órgãos reprodutivos de cães e gatos têm variados graus de morbidade, mortalidade e sofrem influências do histórico reprodutivo, de tratamentos farmacológicos prévios e de condições ambientais, podendo assim haver variações regionais na incidência de determinadas anormalidades reprodutivas (Previato et al., 2005).
As alterações reprodutivas podem apresentar consequências variadas, que se estendem da ausência de sinais clínicos, comprometendo somente a fertilidade do animal e passando despercebidas ao proprietário, até manifestações clínicas agudas, que podem conduzir a morte (Nascimento e Santos, 2003). Dentre as principais patologias na fêmea destacam-se a piometra e as neoplasias mamárias, duas causas importantes de óbitos entre cadelas e gatas. Nos machos as neoplasias testiculares e as inflamações nos testículos e epidídimos são bastante freqüentes.
Principais Distúrbios do Sistema Reprodutivo Feminino
1.0 Vaginite
A vaginite, inflamação da vagina, ocorre em cadelas sexualmente intactas ou castradas, de qualquer idade ou raça e durante qualquer estágio do ciclo reprodutivo, sendo uma afecção rara em gatas. Esta alteração não é tão comum em conseqüência do baixo pH e imunidade da mucosa e pode ser resultante de infecções virais ou bacterianas, por agentes inespecíficos e oportunistas (Santos et al., 2011). Outras etiologias podem estar associadas a vaginite, como imaturidade no trato reprodutivo; estimulação androgênica; irritação química ou mecânica e anormalidades anatômicas da vagina ou vestíbulo (Johnson, 2006).
O diagnóstico é dado a partir do histórico clínico e dos achados no exame físico, como hiperemia da mucosa e corrimento vulvar mucóide, mucopurulento ou purulento, sendo rara a presença de sangue. Exames como citologia vaginal e vaginoscopia podem ser úteis no diagnóstico, além disso, deve-se tentar diferenciar outros distúrbios sistêmicos que estão associados a sinais semelhantes (Purswell, 2008). Para definir a terapêutica, deve-se primeiramente descobrir a causa, principalmente se estiver relacionada a anormalidades anatômicas. Antibioticoterapia associada à limpeza perineal é o tratamento mais eficaz (Johnson, 2006).
1.2 Hiperplasia e prolapso vaginal
Durante o proestro e estro, quando a fêmea encontra-se sob estimulação estrogênica, algumas cadelas desenvolvem uma prega ventral edematosa na vagina distal imediatamente cranial a abertura da uretra que pode tornar-se grande o suficiente para projetar-se na abertura vulvar (Purswell, 2008). O prolapso vaginal envolve a protrusão de 360 graus da mucosa enquanto a hiperplasia vaginal pode se originar de um coto de mucosa no assoalho da vagina, ambas geralmente craniais à papila lateral (Fossum et al, 2005).
Raramente ocorre o prolapso vaginal em cadelas e gatas, sendo esta alteração associada à distocia, tenesmo ou extração forçado do macho durante a cópula (Purswell, 2008). Os sinais clínicos são protrusão de massa a partir da vulva, rosa pálida e
edematosa, com corrimento vaginal, em sua maioria com sangramento. Normalmente as queixas são de não permitir a introdução peniana durante o acasalamento ou por causa de dificuldade fecais ou urinárias (Johnson, 2006).
Uma vez que essa condição manifesta-se por si mesma, há tendência a recidivar a cada ciclo estral subseqüente, entretanto a condição é autolimitante e se revolverá assim que não houver influência estrogênica no final do estro ou após a ováriosalpingohisterectomia (OSH). O tecido edematoso exposto deve ser protegido contra traumas e infecção se a mucosa for acometida, podendo ser utilizados antibióticos tópicos e ainda colar elizabetano (Johnson, 2006).
1.3 Pseudociese
A pseudociese é um fenômeno clínico no qual a fêmea que não se encontra prenhe apresenta comportamento de gestante, hiperplasia mamária com secreção láctea e mimetização de trabalho de parto (Santos et al, 2011). Ocorre com freqüência em cadelas intactas que ciclam e refere-se à fase lútea sem gestação, ou seja, a concentração sérica de progesterona permanece elevada apesar da ausência de prenhez, resultando no desenvolvimento das glândulas mamárias e ganho de peso. O estímulo da lactação e comportamento maternal da pseudociese é em conseqüência da ação da prolactina, contudo os mecanismos de fisiopatologia ainda não estão completamente elucidados (Johnson, 2006).
Em cadelas, a pseudociese é ocasionada pelo declínio da concentração de progesterona séria associado ao término da fase lútea, que por sua vez, causa um aumento na concentração de sérica de prolactina, exatamente como ocorre no parto. A cadela ovula espontaneamente e sempre reinicia uma longa fase lútea, portanto a pseudociese é um fenômeno comum para cadelas em ciclos, podendo ocorrer também após a administração de progestágenos exógenos e após ovariectomia realizada durante o diestro. Já em gatas, é um evento menos freqüente, pois elas devem ser induzidas à ovulação, presumivelmente pela cópula, mas não conceberam (Johnson, 2006).
Clinicamente observa-se um comportamento materno, como organização de ninho, adoção de objetos inanimados ou outros animais, hiperplasia da glândula mamária e galactorréia, podendo ser relatado ainda ganho de peso, distensão abdominal, corrimento vaginal mucóide, inquietação, anorexia e vômitos (Davidson e Feldman,
2008). Entretanto, os sinais clínicos da pseudociese são autolimitantes e usualmente se encerram após duas ou três semanas (Johnson, 2006).
O diagnóstico é baseado na anamnese e nos achados físicos em cadelas não prenhes e gatas ao final do diestro. A palpação abdominal e ultrassonografia abdominal podem confirmar a ausência de fetos (Davidson e Feldman, 2008), sendo o tratamento adotado para reduzir a possibilidade de mastite secundária à estase do leite.
A simples privação de água por três ou quatro noites consecutivas é eficaz, associado com a administração de furosemida (2mg/kg) via oral duas a três vezes ao dia (Davidson e Feldman, 2008). Além disso, os fármacos que inibem a liberação de prolactina, como os agonistas de dopamina e antagonistas de serotonina e progestágenos exógenos são eficazes na atenuação dos sinais clínicos e comportamentais da pseudociese nas cadelas (Martins e Lopes, 2006). Entretanto, em cadelas ou gatas com subseqüentes quadros de pseudociese, é indicada a castração, quando as mesmas não forem destinadas à reprodução.
1.4 Hiperplasia endometrial cística e piometra
Dentre as alterações proliferativas não neoplásicas do útero, o complexo hiperplasia endometrial cística (HEC) - piometra é a alteração mais comum (Santos et al, 2011), sendo caracterizado como um distúrbio de útero de caráter agudo e emergencial, podendo resultar no óbito do animal acometido (Johnson, 2006). Ocorre freqüentemente em fêmeas com idade reprodutiva, principalmente as idosas e nulíparas. Em cadelas e gatas, a faixa etária de maior acometimento é entre 6 e 11 anos.
Em cadelas, o risco de desenvolvimento da piometra aumenta com a idade, provavelmente devido à repetida estimulação hormonal no útero (Fossum, 2005). Já a piometra felina é menos freqüente do que a canina, pois o desenvolvimento do tecido luteal exige cópula ou ovulação induzida artificialmente; no entanto, gatas tratadas com progestágenos contra dermatopatias apresentam incidência aumentada de piometra (Fossum, 2005).
Esta patologia é observada durante o diestro, ou seja, ela ocorre na fase de produção de progesterona pelo corpo lúteo, ou ainda após a administração de progestágenos exógenos. O principal hormônio envolvido neste distúrbio é a progesterona, cuja função normal é estimular o crescimento e atividade secretória das
glândulas endometriais, sendo ainda responsável pela nidação do ovo e manutenção da gravidez. O estrógeno isoladamente não determina o desenvolvimento da HEC, contudo intensifica o número de receptores de progesterona no útero (Martins, 2007).
Ao sofrer esta influência hormonal, pode haver proliferação excessiva de glândulas produtoras de muco e formação de cistos no endométrio, acompanhado por edema, infiltração de linfócitos e plasmócitos e acúmulo de fluido no lúmen uterino. A progesterona também diminui a contratilidade do miométrio, promovendo a retenção do fluido luminal. Desta forma, a HEC pode ser associada a uma hidrometra ou mucometra, a depender da viscosidade do fluido (Johnson, 2006).
A contaminação bacteriana deste fluido se dá por via ascendente, presumivelmente da flora vaginal, havendo colonização no útero anormal, resultando no desenvolvimento da piometra. Normalmente a infecção ocorre mais comumente pela bactéria Escherichia coli, entretanto infecções mistas freqüentemente ocorrem com a presença de outras bactérias, principalmente as dos gêneros Streptococcus, Pseudomonas, Salmonela, Proteus e Klebsiella (Weiss et al., 2004).
A piometra pode ser classificada em aberta ou fechada a depender da existência de corrimento vulvar. Nos casos de piometra aberta, há corrimento vulvar purulento, mucopurulento ou sanguinolento. Fêmeas portadoras de piometra fechada apresentam um pior prognóstico devido a um maior risco de septicemia ou endotoxemia. Além disso, uma compressão os distensão uterina pode permitir que o conteúdo uterino infectado extravase dos ovidutos e cause peritonite (Silva, 2008)
Os sinais clínicos associados à piometra são variáveis, podendo ser observado além do corrimento na vulva; distensão abdominal; anorexia; letargia; perda de peso; vômito; desidratação; poliúria; polidipsia; aumento ou diminuição da temperatura corpórea e nos casos mais graves choque e coma. As anormalidades intercorrentes em animais com piometra podem incluir hipoglicemia, disfunção renal e hepática, anemia e anormalidades cardíacas (Fossum, 2005).
O diagnóstico é baseado no histórico clínico reprodutivo, exame físico, hemograma, bioquímica sérica, urinálise, citologia vaginal, radiografia e ultrassonografia abdominal. No hemograma observa-se normalmente uma leucocitose acentuada com neutrofilia e desvio à esquerda, monocitose e evidencias de intoxicação leucocitária. A USG permite determinar o tamanho do útero, a espessura da parede uterina, a presença de acúmulo de líquido dentro do lúmen e em alguns casos a natureza do liquido (serosa versus viscosa) (Feldman, 2008).
O tratamento de eleição para esta enfermidade é a ovariosalpingohisterectomia. O paciente deve ser estabilizado rapidamente antes da intervenção cirúrgica. Fluidoterapia intravenosa adequada e manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, promovem a perfusão renal adequada, além de antibioticoterapia de amplo espectro para controle ou prevenção de sepse (Silva, 2008). Caso não seja tratado, a piometra tem alta elevada taxa de letalidade, resultando em morte por choque endotoxêmico (Santos et al, 2011).
1.5 Prolapso Uterino
O prolapso uterino é a eversão e protrusão de uma porção do útero através cérvix para o interior da vagina (Johnson, 2006). Esta afecção ocorre mais em gatas do que em cadelas, não havendo predisposição etária conhecida. O prolapso uterino é raro e ocorre normalmente durante ou próximo do parto, geralmente com um trabalho de parto prolongado. Um ou ambos os cornos uterinos podem prolapsar e se situar na vagina cranial e ou serem evertidos através da vulva, mas para que isto ocorra, a cérvix deve estar dilatada (Fossum, 2005).
Em casos mais graves, pode resultar em laceração do ligamento largo do útero e hemorragia da artéria uterina, podendo levar a um quadro de choque hipovolêmico. O diagnóstico é realizado com base na anamnese, achados do exame físico, radiografia, ultrassonografia e vaginoscopia. O paciente deve ser estabilizado, realizar limpeza do local e principalmente nos casos de tecido desvitalizado ou irredutível, deve-se optar pela ovariohisterectomia (Silva, 2008)
1.6 Distocia
Distocia é definida como a dificuldade em expulsar os fetos do útero, apresentando prevalência geral de 5 a 6% das gestações em cadelas e gatas. Em ambas as espécies, as raças puras são mais predispostas do que as sem raça definida, sendo comum em animais com tórax largo e em cães braquicefálicos e Terriers, em razão da malformação pélvica materna e das cabeças fetais largas, resultando em desproporção materno-fetal. As gatas de raças dolicocefálicas (siamesas) e as braquicefálicas (persas)
apresentam maior risco de distocia. Em cães parece haver maior incidência em idosos, mas em gatas isso não é válido, havendo ainda correlação negativa entre o número da ninhada e tamanho dos filhotes. Em cadelas há maior incidência de distocia em ninhadas pequenas (Silva, 2008).
As causas mais comuns tanto em cães quanto em gatos é a inércia uterina e a má apresentação fetal. Na inércia uterina, o útero pode não responder por que há apenas um ou dois filhotes, e assim a estimulação é insuficiente para iniciar o trabalho de parto. Pode ocorrer ainda porque o estiramento do miométrio é excessivo por causa de grandes ninhadas, excesso de líquidos fetais e ou fetos muito grandes. Alguns sinais que podem auxiliar o diagnóstico, a exemplo alteração na temperatura retal sem sinais de trabalho de parto; corrimento vulvar esverdeado, sem nascimento de fetos; trabalho de parto improdutivo, forte e persistente; fratura pélvica; e feto preso no canal do parto (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008).
O diagnóstico é baseado no histórico da parturiente, tempo gestacional, exames físicos, radiografia e ultrassonografia abdominal (Johnson, 2006). O exame radiográfico é valioso para detectar anormalidades macroscópicas da pelve materna e o número e localização dos fetos, estimar o tamanho deles e detectar defeitos congênitos ou sinais de morte fetal. No caso de feto morto pode ser visualizado gás intrafetal seis 6h após a morte. Com a ultrassonografia determina-se a viabilidade ou desconforto fetal, principalmente pela freqüência cardíaca e quantidade de líquido amniótico (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008).
O tratamento é direcionado de acordo com a presença ou ausência de obstrução, a vitalidade dos fetos e as condições gerais da parturiente. Estimular a caminhar, subir e descer escadas, defecar e urinar, além de estimular a parede vaginal dorsal com dois dedos (reflexo de Ferguson) poderá induzir contrações uterinas. Soluções de cálcio e ocitocina são as medicações de escolha nos casos de inércia uterina para a indução do parto. Entretanto, nos casos de sofrimento fetal ou risco para a parturiente, deve-se realizar a cesariana, com correção de anormalidades hídricas e eletrolíticas antes da cirurgia (Fossum, 2005).
1.7 Síndrome do ovário residual
A Síndrome do Resto Ovárico (SRO) refere-se à presença de tecido ovariano funcional após procedimento de ovariohisterectomia em cadelas e gatas. A SRO pode
ocorrem em consequência de técnica cirúrgica inadequada com ressecção incompleta de um ou ambos os ovários ou ainda pela presença de tecido ovariano ectópico na cavidade abdominal, mesmo após a realização correta da técnica. Cadelas e gatas com SRO apresentam sinais típicos de proestro e estro mesmo após a castração, sendo indicada realização de ultrassonografia abdominal no intuito de identificar o(s) ovário(s) e em seguida uma laparotomia exploratória no período de estro ou diestro, já que a presença de folículos ou corpo lúteo reforça as possibilidades de visualizar o tecido (Oliveira, 2007).
1.8 Neoplasias uterinas
As neoplasias uterinas são pouco frequentes em cadelas e gatas, ocorrendo em animais de meia idade a idosas, sem predisposição racial, sendo a maioria encontrada como achado acidental na necropsia (Fossum, 2005). Os leimiomas são os mais freqüentes, em especial na cadela. Trata-se de uma neoplasia benigna de células musculares lisas bem diferenciadas, dispostas em feixes (Santos et al., 2008). Macroscopicamente são nódulos esbranquiçados, firmes, bem delimitados e de crescimento lento, podendo se projetar no interior do lúmen uterino em um pedículo ou fazer com que a parede se invagine externamente. Normalmente são múltiplos, não apenas no útero, mas também nas cérvix e vagina (Foster, 2009).
Os tumores malignos são raros e os mais comuns em cadelas e gatas são os leiomiossarcomas e adenocarcinoma endometrial, respectivamente. Leiomiossarcomas são semelhantes aos leiomiomas, contudo invasivos e com metástase lenta. Nos casos de adenocarcinoma, o endométrio encontra-se espessado e nodular. Este tumor pode ser sólido, cístico, séssil e polipóide e pode obliterar o lúmen uterino, resultando em piometra (Fossum, 2005).
Normalmente são assintomáticas, entretanto tumores grandes podem comprimir sistema urinário e gastrointestinal. O diagnóstico é realizado a partir da anamnese, exames físicos e laboratoriais, radiografia, ultrassonografia. O tratamento de eleição é a OSH, devendo este material ser encaminhado para a análise histopatológica (Johnson, 2006).
1.9 Distúrbios da glândula mamária
Mastite
A infecção bacteriana ou fúngica das glândulas mamárias é denominada mastite. A disseminação dos patógenos ocorre por via hematogênica de infecções bacterianas ou através de ascensão pelo canal das tetas (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008). Normalmente é uma afecção inespecífica e causada por agentes oportunistas, principalmente Escherichia coli, Streptococcus, Staphilococcus (Santos et al, 2008).
É comum em cadelas e rara em gatas, podendo acometer uma ou mais glândulas lactantes, sobretudo no período pós-parto ou em fêmeas com pseudociese. Os fatores predisponentes incluem congestão da glândula mamária, estase do leite, traumatismo e más condições sanitárias. Os sinais clínicos incluem glândulas quentes, firmes, intumescidas e sensíveis. Em caso de mastite nas fêmeas em lactação, o leite fica mais viscoso e sua cor se altera do amarelado para acastanhado, dependendo da quantidade de sangue e exsudato purulento presente. (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008).
Pode também estar associado a sinais sistêmicos como febre, anorexia e desidratação. Nos casos mais graves podem ocorrer abscessos e necrose das glândulas. O tratamento para a mastite inclui antibióticos, fluidoterapia e aplicação de compressas mornas no local (Johnson, 2006). Se houver abscedação, o debridamento cirúrgico e drenagem são indispensáveis. A mastite aguda sem tratamento pode resultar em mastite gangrenosa e choque séptico (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008).
Hiperplasia mamária felina
A hiperplasia mamária felina ou hiperplasia fibroepitelial é uma proliferação benigna, não neoplásica dos ductos mamários e do tecido conjuntivo periductal, caracterizada pelo crescimento rápido e anormal da glândula mamária, sendo em muitos casos, bilateral e simétrico (Linde-Forsberg e Eneroth, 2008).
Ocorre com em gatas jovens que ciclam, prenhes ou não; ou ainda em fêmeas e machos que receberam progestágenos exógenos e devem ser diferenciadas de tumores mamários, os quais costumam acometer animais mais idosos (Souza, 2002).
O tratamento consiste na retirada da fonte de progesterona ou ainda de medicação anti-progestágena, aglepristona 10mg/kg, uma vez ao dia durante quatro dias consecutivos. Associado deve ser feito compressas com água morna nas glândulas mamárias acometidas duas vezes ao dia por 20 minutos. Logo após a redução das nodulações deve-se realizar a OSH. A mastectomia parcial ou radical não é indicada, a menos que haja desenvolvimento de úlceras extensas e necrose cutânea (Johnson, 2006).
Neoplasias mamárias
Dentre todas as neoplasias que acometem as cadelas, os tumores espontâneos da glândula mamária representam aproximadamente 52% do total, sendo as mais freqüentemente observadas na clínica de pequenos animais. Nas gatas, a neoplasia mamária é o terceiro tipo mais frequente e cerca de 90% são malignas (Moulton, 1990).
Ocorrem quase que exclusivamente em fêmeas e o risco de desenvolvimento de câncer de mama aumenta significativamente com a idade, acometendo com maior freqüência, fêmeas entre nove e onze anos. Com base na literatura, não há predisposição racial, no entanto algumas raças caninas são apontadas por alguns autores como mais freqüentemente acometidas, como Poodle, Cocker spaniel, Dachshund, Labrador e animais sem raça definida (Cavalcanti e Cassali, 2003).
Os hormônios esteróides apresentam uma importante participação na patogênese da neoplasia mamária na cadela, semelhante ao que ocorre na mulher. É evidente o aumento na incidência de tumores mamários benignos em cadelas e gatas tratadas com progestágenos exógenos (Cavalcanti e Cassali, 2003). Outro fator importante é o efeito protetor da OSH a depender do número de ciclos estrais apresentados pela cadela antes do procedimento cirúrgico. Quando OSH é realizada antes do primeiro cio, o risco de desenvolvimento de neoplasia mamária é de 0,5%. Este risco aumenta para 8% e 26% quando a esterilização é realizada após o primeiro e o terceiro ciclo estral, respectivamente (Scheneider, 1969).
As neoplasias mamárias apresentam-se, geralmente, como nodulações circunscritas, com dimensões e mobilidade à pele variáveis, podendo ser firmes ou císticas e usualmente podem estar associados a reações inflamatórias locais (Peleteiro, 1994). O diagnóstico é realizado, inicialmente, a partir do histórico clínico reprodutivo completo do paciente e dos sinais clínicos. O tratamento de eleição é a exérese
cirúrgica, com exceção do carcinoma inflamatório, de toda a cadeia mamária acometida e linfonodos regionais (inguinal e axilar), sendo imprescindível a realização do exame histopatológico para a determinação do prognóstico (Cavalcanti e Cassali, 2006).
2.0 Principais Distúrbios do Sistema Reprodutivo Masculino
2.1 Balanopostite
Por definição, balanite significa inflamação da glande e postite é o termo utilizado para referir à inflamação do prepúcio. Contudo, quase sempre estes dois processos ocorrem ao mesmo tempo, sendo nestes casos utilizado o termo balanopostite (Nascimento et al, 2011).
Esta alteração é comum em cães e rara em gatos. Os agentes etiológicos são aqueles presentes na própria flora prepucial e normalmente observa-se apenas um corrimento prepucial purulento, sendo o volume da secreção dependente da gravidade da infecção. O diagnóstico baseia-se nos achados do exame físico da cavidade prepucial e do pênis. A avaliação do pênis deve ser completa, de forma a identificar presença de corpo estranho, neoplasia, ulceração ou nódulos inflamatórios. Normalmente o tratamento é local, realizando-se limpeza com solução anti-séptica ou medicamentos antibacterianos tópicos (Johnson, 2006).
2.2 Fimose
A fimose é um defeito congênito ou adquirido que resulta da estenose do óstio prepucial e conseqüentemente impossibilidade de exteriorização da glande. Nos casos adquiridos, essa estenose quase sempre é seqüela de postite ou de neoplasia prepucial (Nascimento et al 2008). É uma alteração incomum em cães e gatos e pode ser identificada em animais ainda jovens, como causa de obstrução do sistema de escoamento da urina ou do gotejamento de urina (Johnson, 2006).
2.3 Parafimose
A parafimose é a incapacidade de retrair o pênis no interior da bainha peniana/prepúcio (Fossum, 2005). Ocorre mais frequente após uma ereção em cães, sendo rara em gatos, com exceção daqueles de pelagem longa, cujo pênis fica emaranhado nos pêlos. Diversas causas podem levar a essa afecção, sendo as mais comuns: copulação recente, trauma, neoplasia, corpos estranhos, pseudo-hermafroditismo, déficits neurológicos e constrição do pênis por pêlos do prepúcio (Johnson, 2006).
A parafimose é diagnosticada por inspeção visual devido aos sinais clínicos facilmente detectáveis. A principal complicação associada a esta afecção é a necrose parcial ou total do pênis exposto, além da incapacidade reprodutiva. O tratamento para correção da parafimose é principalmente cirúrgico (Fossum, 2005).
2.4 Orquite e epididimite
A infecção dos testículos e epidídimos pode ser decorrente de ferimentos penetrantes, adquirido via hematológica ou resultarem de uma disseminação via urogenital (Johnson, 2006). Esta alteração é mais comum em cães do que em gatos, sendo os agentes etiológicos mais freqüentes Mycoplasmas, Brucella canis, Blastomyces, Ehrlichia, Proteus sp., além do vírus da cinomose e Leishmania SP. Gatos com peritonite infecciosa frequentemente apresentam estas enfermidades (Nascimento et al 2011).
Os sinais clínicos variam de acordo com a cronicidade da infecção. Nos casos agudos, o testículo ou epidídimo encontram-se firmes, quentes, edemaciados e a pele escrotal inflamada, podendo ainda ocorrer febre e letargia. Nos casos crônicos, o escroto geralmente está normal, o testículo torna-se mole e atrófico e o epidídimo mais firme e proeminente do que o normal. A infertilidade é comum tanto nas lesões agudas quanto crônicas, podendo ser uma queixa apresentada (Johnson, 2006).
O diagnóstico é baseado nos achados do exame físico, ultrassonografia, citologia e cultura e o tratamento deve ser realizado com antibioticoterapia eficaz contra microrganismos urogenitais. A recuperação da fertilidade nem sempre ocorre e nos
casos de orquite-epididimite unilateral a orquiectomia deve ser considerada para melhor proteger a gônada aparentemente não acometida (Johnson, 2006).
2.5 Criptorquidismo
Criptorquidismo é uma alteração reprodutiva caracterizada pela ausência do deslocamento de um ou de ambos os testículos da cavidade abdominal para o escroto. O testículo pode ficar retido em qualquer seguimento deste trajeto, de forma que, quando localizado na cavidade abdominal, caracteriza-se criptorquidismo abdominal e quando no anel inguinal, criptorquidismo inguinal. Quando estiver localizado na região abdominal é considerado testículo ectópico, e não criptorquídico (Nascimento et al, 2011). Os testículos criptorquídicos costumam ser pequenos e macios e proporcionalmente disformes (Fossum, 2005).
Tanto em cães como em gatos, o criptorquidismo unilateral é o mais comum. Apesar de não estar bem estabelecida a idade de da descida do testículo, em cães ocorre por volta dos 10 dias de vida e nos gatos parece ser um evento pré-natal. Caso o testículo não seja palpável no escroto por volta de oito semanas de idade, é feito o diagnóstico de criptorquidismo. Aparentemente, os cães de pequeno porte apresentam maior risco de desenvolvimento quando comparados às raças de grande porte.
É evidente que o criptorquidismo em é hereditário, pois ocorre mais em determinadas raças, com maior freqüência em certas famílias e a seleção dos animais criptorquídicos ou não pode aumentar ou diminuir, respectivamente, a prevalência. Nos cães criptorquídicos, relata-se uma probabilidade 13 vezes maior de desenvolvimento de neoplasias testiculares, representando um risco significativo em animais idosos. Desta forma, recomenda-se a castração dos animais criptorquídicos ainda jovens (Johnson, 2006).
Nos gatos esta alteração é bem menos comum do que em cães. Quando o processo é apenas unilateral, normalmente são férteis. Não foi comprovada evidência de causa hereditária em gatos, mas a raça persa e animais de determinadas famílias parecem ser predispostos (Vertegen, 2008).
2.6 Neoplasia do testículo e bolsa escrotal
As neoplasias da bolsa escrotal são mais comuns em cães, sendo mastocitoma, melanoma e hemangiossarcoma os mais freqüentes. Estas neoplasias têm grande potencial de malignidade e geralmente estão associadas a um prognóstico desfavorável (Nascimento et al, 2011).
Os tumores testiculares são os segundo mais freqüentes em cães idosos, perdendo apenas para os tumores cutâneos, sendo raro em gatos. A idade média de diagnóstico é com 10 anos e normalmente são achados acidentais. Frequentemente pode haver o desenvolvimento de mais de um tipo de neoplasia em cães velhos, sendo comum o achado de diferentes neoplasias em cada um dos testículos ou mais de um tipo de neoplasia em um único testículo (Nascimento et al 2010). Nos cães os tumores de Sertoli, os tumores de células de Leydig e os seminomas ocorrem com a mesma freqüência. Tumores que envolvem testículos escrotais geralmente são benignos enquanto os que envolvem testículos criptorquídicos são, em sua maioria, malignos (Johnson, 2006).
Os sertoliomas surgem a partir das células de sustentação e tanto as células normais quanto neoplásicas produzem hormônios estrogênicos. São geralmente solitários, mas podem ser múltiplos e bilaterais. São mais comuns em testículos criptorquídicos. Apresentam crescimento expansivo que comprime e destrói o tecido testicular circundante. São firmes, multilobulados, branco-acinzentado, com áreas de necrose, hemorragia ou cistos (Fossum, 2005). Este tipo de neoplasia assume especial interesse face às manifestações clínico-patológicas de feminização decorrente do hiperestrogenismo, peculiarmente caracterizado por atrofia do testículo oposto ao neoplásico, alopecia ventral simétrica, com tendência a hiperpigmentação, pele delgada, depressão ou ausência de libido e ginecomastia. Entretanto não está associado ao aumento na concentração sérica de esteróides Além disso, pode ocorrer metaplasia prostática e mielointoxicação (Nascimento et al 2010).
Os tumores originários das células de Leydig ocorrem em testículos escrotais como formas múltiplas ou solitárias e coexistem com sertoliomas. Apresentam consistência macia, encapsulado e raramente excede dois centímetros de diâmetro, sendo difícil a palpação. A superfície de corte observa-se uma massa discreta, redonda, castanha a alaranjada, com focos de hemorragia ou espaços císticos (Fossum, 2005). O leydigocitoma é sempre benigno, não havendo relato de metástases deste tumor. Quase
sempre o testículo afetado tem tamanho normal ou mesmo diminuído se o animal for muito idoso (Nascimento et al 2010).
Os seminomas surgem a partir de células germinativas testiculares e podem ocorrer tanto nos testículos criptorquídicos quanto nos escrotais. São geralmente solitários, mas pode ser bilaterais e coexistir com outros tipos tumorais. São macios, com superfície de corte brilhante, castanho-acenzentado-rosada, multilobulada e não encapsulada, raramente ocorre sinais de feminilização ou metástase (Fossum, 2005). Assim como os sertoliomas, as metástases originárias de seminomas representam cerca de 10% dos casos.
O tratamento para qualquer neoplasia testicular é a castração. Os testículos devem então ser enviados para a análise histopatológica para um diagnóstico definitivo (Johnson, 2006).
2.7 Prostatite
A infecção bacteriana da próstata pode ser aguda ou crônica e se dá principalmente por ascensão da flora ureteral. Normalmente a próstata é protegida contra a colonização bacteriana pela produção local de imunoglobulina A secretora, de fator prostático antibacteriano e remoção de microrganismos por micção freqüente. Entretanto uma próstata alterada é mais propensa a infecções. Os sinais clínicos são dor abdominal, corrimento prepucial hemorrágico e febre. O diagnóstico é baseado nos exames físicos e na cultura do fluido prostático ou da urina e o tratamento de eleição é a terapia antimicrobiana (Johnson, 2006).
2.8 Hiperplasia prostática
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o distúrbio prostático mais comum em cães, o que faz do cão um modelo de estudo para a HPB do homem, pois os mecanismos e a distribuição do crescimento hiperplásico das células do estroma e do epitélio glandular são semelhantes em ambas as espécies (Nascimento et al, 2008). Esta alteração é encontrada na maioria dos machos inteiros com mais de seis anos (Johnson, 2006).
Há indícios de que a patogênese desta lesão seja em decorrência da estimulação androgênica, associada ao aumento da di-hidrostestosterona, estimulando a proliferação do epitélio glandular. Aparentemente o estrógeno também participa deste processo, exercendo papel importante na ativação da musculatura lisa e na produção de colágeno, elevando o estroma glandular, além disso, o estrógeno promove o aumento do número de receptores de andrógenos (Nascimento et al, 2008).
A HPB pode ser subclínica ou ser acompanhada por constipação intestinal em conseqüência de compressão do reto, resultando em tenesmo, dificuldade de defecação e hemorragia prostática, que resulta em gotejamento sanguíneo uretral em ausência de micção ou hematúria. Com freqüência bem menor, pode haver compressão da uretra e conseqüente retenção urinária e uremia pós-renal (Johnson, 2006)
A palpação retal revela aumento do tamanho prostático indolor e simétrico. Além disso, a pressão no diafragma pélvico pode contribuir para o desenvolvimento de uma hérnia perineal (Fossum, 2005). Nos cães que apresentem sinais clínicos, a orquiectomia é o tratamento de eleição. A involução prostática ocorre algumas semanas após a castração e está completa após 12 semanas após a remoção da fonte de andrógenos (Johnson, 2006).
2.9 Neoplasia Prostática
Ao contrário da hiperplasia prostática, os tumores prostáticos não são hormônios-dependentes, pois cães castrados têm o mesmo risco de desenvolvimento das neoplasias prostáticas quando comparados com cães não castrados (Nascimento et al, 2011). Tumores prostáticos podem se originar do tecido epitelial, do tecido muscular liso, ou de estruturas vasculares, sendo alterações incomuns em cães e raras em gatos. O adenocarcinoma é a neoplasia mais comum na próstata de cães, sendo 10 anos de idade média de acometimento. São localmente invasivos com capacidade de fazer metástase rápida, principalmente para linfonodos regionais, pulmões e ossos (Fossum, 2005).
Pode ocorrer também invasão de carcinoma de células de transição primárias do trato urinário para próstata. Os sinais clínicos para ambos os tumores são semelhantes, sendo observado tenesmo e disquesia, estrangúria, dor, anormalidade na marcha, perda de peso. À palpação a próstata encontra-se aumentada e irregular, com consistência mais firme que o normal. O diagnóstico baseia-se na anamnese, no exame físico,
ultrassonografia e radiografia. O tratamento recomendado é a exérese cirúrgica da próstata, associado a quimioterapia e radioterapia, contudo o prognóstico é ruim (Johnson, 2006).
3.0 Tumor Venéreo Transmissível
O tumor venéreo transmissível (TVT) canino é uma neoplasia transplantável de células redondas cuja disseminação na população ocorre principalmente por contato sexual. A literatura não cita predisposição racial ou sexual, contudo, há elevada incidência em fêmeas sem raça definida em idade de maior atividade sexual (Johnson, 2006).
O TVT pode ser único ou múltiplo e localiza-se, preferencialmente na mucosa da genitália externa de cães de ambos os sexos (Amaral et al., 2004). Além disso, pode ser transmitido por transplantação alogênica, ou seja, células tumorais viáveis são transferidas de um animal para outro susceptível, acarretando no desenvolvimento do tumor em diversos lugares, como narinas, mucosa oral, lábios, olhos e pele. Nestes casos a pele deve ter algum tipo de abrasão que permita a implantação das células neoplásicas na derme. Pele ou mucosa integra não permite implantação do TVT. (Nascimento et al, 2011).
Apesar da capacidade de se disseminar por implantação, este tumor apresenta pouco potencial metastático (Nascimento et al, 2011). A ocorrência de metástase via sanguínea ou linfática, é menor do que 5% tendo sido observada na mama, linfonodos, tonsilas, cérebro, pituitária, fígado, rins, pleura, mesentério e baço (Costa, 2009). Os sinais clínicos incluem tumefação genital, formações nodulares grandes ou pequenas, simples ou múltiplas, avermelhadas que sangram com facilidade, e às vezes, ulceradas. Apresentam aspecto de couve-flor, são friáveis e odor intenso.
O diagnóstico é baseado no histórico, sinais clínicos, citologia aspirativa por agulha fina e confirmado pela histopatologia. As células do TVT são muito sensíveis à ação de quimioterápicos, em particular, à vincristina, sendo então utilizada como tratamento de eleição. Na grande maioria dos casos, resulta em remissão completa, inclusive em casos de metástases (Johnson, 2006). O tumor pode regredir espontaneamente, conferindo imunidade aos animais que se recuperam (Nascimento et al, 2011).
Referências Bibliográficas
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Fonte da Notícia: http://www.cirurgia.vet.ufba.br/arquivos/docs/eventos/16.pdf

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