quinta-feira, 5 de maio de 2011

AS TARTARUGAS MARINHAS E A POLUIÇÃO

Tartarugas marinhas absorvem mais poluição ao migrar

Publicidade
DO "NEW YORK TIMES"
Uma das muitas ameaças enfrentadas pela tartaruga-amarela, ou tartaruga-marinha-comum, é a poluição criada pelo homem, mas a dimensão do risco é uma incógnita. Para se obter uma resposta, cientistas mediram substâncias poluentes no sangue de um grupo de machos adultos e rastrearam a migração dos bichos ao longo da costa do Atlântico.
A equipe, chefiada pelo estudante de graduação Jared M. Ragland, do College of Charleston, na Carolina do Sul (EUA), capturou 19 tartarugas-comuns perto de Cabo Canaveral (Flórida) em 2006 e 2007.
Eles mediram e pesaram as espécies, retiraram amostras de sangue e examinaram seus sistemas reprodutivos com biópsias testiculares. Durante dois meses, dez dos animais viajaram na direção norte até Cape May, em New Jersey, enquanto nove ficaram próximos a Cabo Canaveral.
O estudo, publicado na revista "Environmental Toxicology and Chemistry", descobriu que os animais tinham níveis mensuráveis de 67 produtos químicos usados em pesticidas e outros produtos industriais.

Jennifer Keller/National Institute of Standards and Technology via The New York Times
Machos de tartaruga-amarela foram rastreados; os que migraram tinham mais poluentes no sangue
Machos de tartaruga-amarela foram rastreados; os que migraram tinham mais poluentes no sangue
As tartarugas que migraram tinham níveis ainda mais altos do que as que permaneceram perto da Flórida, confirmando pesquisas anteriores que haviam encontrado mais poluentes em tartarugas em latitudes setentrionais.
É possível que os peixes e invertebrados consumidos pelas tartarugas nas águas do norte sejam mais poluídos, mas os cientistas apontam que as tartarugas migrantes comem mais e, por isso, consumiriam mais poluentes. Na média, as tartarugas migrantes eram maiores do que as residentes permanentes.
Os animais pareciam saudáveis, segundo os pesquisadores, mas não está claro o que constitui uma boa saúde na tartaruga-comum adulta.
"Estes eram animais reprodutivamente ativos", afirma a coautora do estudo e bióloga do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, Jennifer M. Keller.
"Mas os machos possuem níveis mais altos de contaminantes no sangue do que as tartarugas jovens e isso fez crescer nossa preocupação".

Nenhum comentário:

Postar um comentário