Pássaros com cérebro grande vivem melhor em metrópoles
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DO "NEW YORK TIMES"
Um estudo sueco afirma que os pássaros com cérebro de dimensão superior à do corpo têm maior probabilidade de viver em metrópoles --somente alguns tipos de aves são capazes de se adaptar a cidades grandes. O tamanho do cérebro já esteve vinculado à capacidade dos animais de várias espécies desenvolverem novos comportamentos e se adaptarem a ambientes em constantes mudanças.
Para o estudo sueco, os pesquisadores catalogaram o tamanho do cérebro e a massa corpórea de 82 espécies --geralmente aves que vivem em poleiros-- e as categorizaram por seu êxito (ou a falta de) de viver em 12 cidades europeias.
Entre os pássaros, os pombos são exceção. "Eles têm cérebros pequenos", diz o autor principal do estudo, o professor-assistente de biologia evolutiva na Universidade de Uppsala, Alexei A. Maklakov.
No caso deles, o ambiente urbano fornece uma aproximação de seu habitat natural, fazendo com que precisem de pouca capacidade intelectual para se adaptarem.
São inúmeros arranha-céus que lembram as montanhas sobre as quais eles se aninham na natureza, argumenta Maklakov. "Eles não precisam inventar maneiras de encontrar comida."
Os autores especulam que o crescimento da urbanização possa resultar em um declínio de longo prazo das espécies com cérebro menor.
O estudo consta na "Biology Letters".
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