quinta-feira, 9 de junho de 2011

A CASTRAÇÃO NÃO CIRÚRGICA

Cresce o número de prefeituras que utilizam a castração não cirúrgica


Campanhas de esterilização em massa estão entre as principais armas para o combate à superpopulação de cães e gatos, o consequente abandono e suas decorrências (mordeduras em crianças, transmissão de doenças e sofrimento dos animais, por exemplo). Apesar dos esforços de centenas de Prefeituras, ONGs e veterinários, infelizmente o problema ainda está longe de uma solução definitiva.
Algumas Prefeituras, no entanto, conseguiram zerar a fila de cães machos que necessitavam de esterilização com o uso de uma tecnologia mais barata, prática e menos invasiva: a castração não cirúrgica. Único no mercado brasileiro, o Infertile é um medicamento que possibilita transformar um procedimento cirúrgico em um ambulatorial, ou seja, realiza a esterilização sem mutilações, anestesia e os cuidados e complicações típicas de um pós-operatório. São duas aplicações intratesticulares que deixam o animal infértil em aproximadamente 30 dias.
Para eliminar qualquer tipo de dor ou desconforto do animal foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Botucatu (SP), um criterioso estudo que gerou um protocolo de aplicação. Na comparação com o grupo castrado cirurgicamente (protocolo de anestesia tradicional) a manifestação de dor foi menor nos cães que usaram o Infertile. Outra observação importante é em relação a agulha, que é exatamente a mesma usada por diabéticos que necessitam injetar insulina, ou seja: ultrafina.
O medicamento já é utilizado em 42 prefeituras de 14 Estados, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. “Em 2010 o número de doses vendidas cresceu 800% comparado com o ano anterior. Este ano pretendemos triplicar esse número”, diz Ricardo Lucas, responsável técnico da Rhobifarma, fabricante do Infertile.
Até março deste ano 12 novas prefeituras já abriram licitação para a compra do produto. “A ausência de dor decorrente do método, a praticidade e a economia são nossas melhores propagandas”, reforça Lucas.
Entre as vantagens do medicamento estão o custo, cerca de 70% menor do que a castração cirúrgica, propiciando diversos ganhos para os municípios e os contribuintes. Com a economia, as Prefeituras puderam direcionar os recursos excedentes para ações como a castração cirúrgica de fêmeas e campanhas de conscientização dos proprietários sobre posse responsável.


Fonte da Notícia: Economídia

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