terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MASCOTE DE TAXISTAS, PRETO REAPARECE DEPOIS DE 2 ANOS!

Cachorro querido por taxistas reaparece após dois anos em Florianópolis (SC)

14 de fevereiro de 2011

Cãozinho que morava no ponto do Bairro Abraão
foi reencontrado por um motorista
Preto está feliz da vida, porque agora ganhou um lar de verdade na casa de Marlon. Foto: Caio Marcelo
O cachorrinho vira-lata Preto havia sumido misteriosamente em maio de 2009, deixando um clima pesado no Bairro Abraão, em Florianópolis (SC). Isso porque, há sete anos, quando o cachorro apareceu no local, sem ser convidado, o ponto de táxi nunca mais foi o mesmo.
Com um jeitinho calmo, obediente e carinhoso, Preto cativou os taxistas e virou o xodó, inclusive de passageiros. Alguns até pediam que, durante a corrida, Preto estivesse dentro do carro, como acompanhante.
Quem adotou Preto foi o taxista Marlon Bonelli, 37 anos. Nos primeiros dias, o caozinho ganhou uma caixa de papelão como casa, dentro do ponto.
Casa debaixo da árvore
O que sobrava da janta dos taxistas tinha destino certo: o estômago de Preto. Como recompensa, durante a madrugada e o cochilo dos motoristas, ele latia quando alguém estranho se aproximava dos táxis.
Com a caixa de papelão surrada, Preto ganhou uma casa de madeira novinha. Mas vândalos atearam fogo. Depois, recebeu outra casinha, que foi amarrada embaixo de uma árvore, próximo ao ponto.
A verdadeira paixão do vira-lata, que é castrado, é o carro. É só ser convidado para entrar, pela porta de passageiros, que ele senta, sorrateiramente, no banco de trás, como se fosse gente.
Sumiço foi de madrugada
Mas o sentimento de amizade logo virou saudade. Sem explicação, Preto desapareceu, de madrugada. A principal suspeita dos taxistas era de que o cão havia sido atropelado. Mas ninguém encontrava o corpo.
Outra suspeita era que alguém de má fé tivesse capturado o cachorro. Durante dois anos, Marlon nunca perdeu a esperança de encontrar o amigo. Nas corridas, um olho era no trânsito e o outro nos becos, portões e garagens, para tentar localizá-lo.
Destino
Até que Marlon recebeu um sinal do destino, como ele diz. Em uma agropecuária, quando comprava areia para seus dois gatos, ele viu um ossinho de brinquedo para cachorro, e pensou em Preto, e na vontade que tinha de finalmente encontrá-lo. No dia seguinte, durante uma corrida de táxi pelo Centro de Palhoça, Marlon avistou um cão preto.
Aproximou-se, pediu licença para os passageiros, abriu a porta do carro, chamou Preto pelo nome e o cãozinho entrou no veículo, na hora.
Não vai mais dormir no ponto
Preto foi encontrado com escoriações e sarnas. Mas, segundo Marlon, ele estava bem de saúde. Ainda toma medicamentos e, em 15 dias, estará curado. Ao mesmo tempo que encontrá-lo foi um alívio, os taxistas, até hoje, se perguntam: o que o cachorro fez durante esses dois anos? Ninguém sabe. O que Marlon tem certeza é que, depois do desaparecimento, Preto não voltará para o ponto. Vai para um canil, na casa do taxista.
— Não vou correr o risco de perder ele de novo. Esse cachorro é fantástico. É um companheiro pra toda a vida — diz o taxista.
Fonte: Diário Catarinense

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