quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

EXPLORAÇÃO SEM ESCRÚPULOS


Cobra morre de calor durante gravação da próxima novela da Rede Globo

23 de fevereiro de 2011

(da Redação)
Filmagens sob calor intenso no Alto da Boa Vista, bairro da zona norte carioca (Foto: AgNews)
“Morde & Assopra”, a próxima novela das 19h da Rede Globo, causou recentemente a morte de uma cobra.
Por conta do calor no Rio, o animal explorado durante as gravações não aguentou e morreu antes do fim da cena, segundo informou a coluna Outro Canal, da jornalista Keila Jimenez da Folha de S. Paulo.
Este é mais um caso em que animais sofrem as consequências da falta de consciência ao serem cruelmente utilizados para o entretenimento.
Usar animais em entretenimento, mesmo que sua presença seja acompanhada de uma mensagem ‘positiva’, não é de interesse do sujeito em questão. Primeiro, ele não tem escolha no assunto. Segundo, como novelas trabalham com caricaturas, elas tendem a representar os animais de uma forma estereotipada e distorcida.
Recentemente, uma girafa de 18 anos que estava sendo  explorada nas filmagens da comédia de Kevin James, Zookeeper, morreu um dia após fazer sua cena final. Suspeita-se que o estresse a que foi submetido o animal durante as gravações  tenha sido o causador da morte precoce, já que uma girafa pode viver até 30 anos.

Tortura e maus-tratos nos bastidores

De acordo com Chris Palmer, um veterano da indústria cinematográfica, programas de TV que cativam o público por focarem em animais selvagens, veiculados através de canais como Discovery Channel e  Wild America por Marty Stouffer, apesar de criarem uma impressão de intimidade com a chamada ‘vida selvagem’, apelam para recursos não éticos como tormento de animais, cenas montadas e o uso de animais treinados.
Chris diz que a manipulação é motivada por dinheiro porque economiza tempo. Ele resolveu “abrir o bico” porque se cansou de ver tanto tormento de animais durante filmagens, o público sendo enganado e a falta de conservação nos filmes. Para tentar mudar a situação no futuro, ele fundou um centro de cinema ambiental na American University para educar a nova geração de cineastas sobre como produzir filmes sobre animais usando uma metodologia ética.

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