quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E EM CASO DE FALECIMENTO?


Animais ganham espaço no mercado de funerais


Foto: Reprodução Zoom O O funeral pode contar com caixão, flores e tudo o que o dono desejar para homenagear seu companheiro

Cleyton Vilarino

entretenimento@eband.com.br

Ter um bichinho de estimação é garantia de um amigo por uns bons longos anos. A expectativa de vida de cães e gatos varia entre 12 e 17 anos, dependendo de fatores que mudam desde a raça do animal até os cuidados que o dono tem com ele. Mas, como todo ser vivo, um dia eles morrem e surge a dúvida: como dar o devido destino a um amigo de tanto tempo?

Para quem tem condições financeiras e quer fazer uma última homenagem ao seu bichinho, há espaços que fornecem funerais para animais. O serviço custa cerca de R$ 1.000, sendo possível optar pela cremação. Assim como os cemitérios de humanos, os donos também podem fazer a visitação do túmulo. Para adquiri um jazigo, é cobrada uma tarifa inicial e depois uma taxa de manutenção anual.

Normalmente, quando um bicho de estimação morre, muitas pessoas descartam o animal no lixo. “Isso é um descaso com ao amigo que te acompanhou durante tanto tempo”, afirma o biólogo e veterinário Adilson Duran Spigolon. Ele é dono de um cemitério de animais na zona leste de São Paulo, que funciona desde maio de 2009, e conta que a procura pelo serviço tem sido satisfatória e cresce a cada ano.

O cemitério “Reino Animal” fica ao lado do cemitério para humanos do Parque do Carmo. Ou seja, o dono pode até mesmo ser enterrado próximo do seu amigo no futuro. O sepultamento também pode contar com caixão, flores e tudo o que o dono desejar para homenagear o seu companheiro.

Em outros casos, também é possível encaminhar os animais para clínicas veterinárias que destinam o animal ao centro de zoonoses do seu município para a incineração. Essas clínicas pagam uma taxa para a prefeitura efetuar o serviço, portanto há casos em que a destinação do animal é cobrada. O preço varia em cada cidade.

Sepultamento caseiro

De acordo com o veterinário e professor titular de clínica médica da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, Enrico Lippi Ortolani, a destinação correta do animal é essencial para evitar contaminações. Além do mau cheiro e da multiplicação de moscas, se o animal tiver alguma doença, ele pode infectar o local no qual ele foi descartado. “Se for próximo de um rio ou depósito de água, por exemplo, haverá a contaminação deste lugar”, explica. As doenças possíveis vão desde hidrofobia (raiva) até leptospirose.

O correto, afirma o professor, seria que este animal fosse sepultado, mesmo que no quintal de casa. Ele explica que o processo correto deve ser feito de tal forma que haja uma camada de 30 centímetros de terra sobre o corpo, polvilhando-se cal virgem no local, tanto abaixo do animal quanto em cima dele.

É importante lembrar que o ideal é cuidar bem do seu animal não apenas enquanto ele está vivo, mas também quando ele morrer. “Isso evita problemas de saúde para aqueles que circularem nas proximidades da cova”, ressalta.

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