sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

MAIS SOBRE HOTÉIS PET

Cães fazem fila em hotéis
05/01/2011


Quando os animais de estimação não cabem na bagagem de viagem, o jeito é deixá-los nos locais especializados

Não são apenas as pessoas que se hospedam em hotéis e esperam por vagas no período de festas e férias.

Nessa época do ano, os hotéis para animais são lotados, em sua maior parte, por cães que não podem ocupar um lugar na bagagem de seus donos.

Devido à grande procura, alguns hotéis caninos de Jundiaí têm explorado esse serviço e, sobretudo, tentado mimar seus hospedes para conquistar novos clientes.

No Candy’s Garden, canil localizado no Mato Dentro, a empresária Roseli de Oliveira Donatelli, 44 anos, afirma que nessa época do ano é quase impossível conseguir vagas em seu espaço, o que permite a ela dispensar clientes.

Ao todo, ela tem em média 130 cães em seu canil. Desse total, pelo menos 50 estão hospedados (os outros são seus ou para venda).

No Descãoso, também no Mato Dentro, a ideia, diz o empresário Emerson Willik Santana, 40, é tratar o local como um hotel. Ele começou a investir no negócio de hospedagem há três anos, mas está no ramo de serviços de pet há 20.

Nas baias onde ficam os cães há isolante térmico, o que permite uma mesma temperatura o ano todo, além de um isolante acústico, o que faz com que os cães, durante os fogos da virada do ano, não ficassem irritados.
Donos com mais de um cão hospedam seus animais em uma mesma baia. Caso contrário, Emerson diz que eles devem ser separados. Ambos hotéis consultados tem cerca de 15 baias disponíveis.
Os preços variam de acordo com o tempo de hospedagem e o número de cães por dono. “Tem aquelas pessoas que hospedam apenas um dia e tem aquelas que deixam meses”, afirma Emerson. Uma diária nos hotéis podem variar de R$ 20 a R$ 45.
Em época de festas, donos largam cães nas ruas
Alguns donos, sem onde deixar seus animais, estão largando seus bichos nas ruas ou mesmo na porta da entidade Uipa (União Internacional Protetora dos Animais) nesse período do ano. Segundo Cássia Cristiane Mendes, voluntária da entidade, o número de cães nas ruas não para de aumentar nessa época e, na Uipa, quase não há espaço para colocá-los. “Falta consciência a algumas pessoas, que deixam seus animais entregues à própria sorte.” É o caso do poodle Robinho, deixado amarrado na frente da instituição e adotado por Cássia. “Ele está cego dos dois olhos, tinha muitos carrapatos e era vítima de maus tratos.”

Rafael Amaral
Agência BOM DIA

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