domingo, 23 de janeiro de 2011

CUIDADOS COM A DISPLASIA CANINA

Displasia em caninos


"Tenho um cão que está comigo há, mais ou menos, oito meses. Meu esposo acolheu da rua. Com dois meses após estar conosco, o mesmo começou a apresentar problemas em uma das patas traseiras. Teve um dia que o mesmo nem conseguia andar. Levamos no veterinário, foram passadas medicações e ele melhorou. Após o termino dos remédios, voltou o mesmo problema, então comecei a pesquisar sobre o assunto displasia. Eu acho que meu cachorro tem a doença, não quero acreditar, mas vejo os sintomas. Às vezes, para aliviar a dor e ele conseguir andar, dou o remédio diclofenaco de sódio. Ele melhora mas fica vomitando. O que devo fazer?" pergunta a criadora Leilane Cardoso.

Permita-me explanar sobre dois distintos pontos que vejo em sua pergunta, cara leitora. Primeiramente, o distúrbio da displasia coxofemural canina é bem comum e realmente pelo relato, seu cão pode está sofrendo desta doença.

O outro fato a ser comentado é o uso indevido de medicamentos humanos em animais, sem o conhecimento prévio dos efeitos deletérios que estes podem causar, se usados de maneira empírica, sem orientação. A displasia coxofemural basicamente é uma patologia de caráter hereditário, que afeta principalmente animais jovens, em crescimento e de raça de porte médio a grande. Suscintamente, é uma alteração nos componentes articulares entre os ossos da bacia pélvica e o osso da coxa (fêmur). Devido a modificações no encaixe das estruturas, ocorre o desgaste e, consequentemente, a dor no local, dificultando o caminhar e prejudicando o bem-estar do cão. Antes de tudo, seu animal deverá ser submetido a Raios-x para comprovar a suspeita e principalmente para ser prescrito um tratamento adequado, que dependendo do grau de desenvolvimento da doença ou estágio da mesma, poderá ser à base de medicamentos ou até mesmo cirúrgico. Quase sempre nesses casos crônicos da doença, a cirurgia é o procedimento mais adequado e com respostas mais satisfatórias para o animal.

O uso de anti-inflamatórios também é imperativo para o controle da dor, entretanto, a prescrição destes deve ser cautelosa e feita por veterinário.

Produtos humanos, como o diclofenaco, trazem perigosos efeitos colaterais aos animais, principalmente em nível gastrointestinal, causando vômitos, diarréia com sangue, sangramentos orais e até úlceras no estômago, complicando demais a situação do paciente, podendo levá-lo até à morte.

Finalmente, o tratamento da displasia coxofemural é relativamente acessível, podendo ser tratada com fármacos orais, facilmente adquiridos em farmácias veterinárias.

Havendo-se somente a necessidade de ter um acompanhamento adequado de um médico veterinário.

REGINALDO PEREIRA DE SOUSA FILHO

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