sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ADESTRAMENTO PARA CÃES ABANDONADOS EM PRAÇA DE CANOAS

Adestramento e afeto para os cães do parque



Adestramento e afeto para os cães do parque
 
Ivan Brizola dedica tempo e carinho para treinar animais abandonados.
 
   
 
Canoas - De um lado, Pingo. Do outro, Dourado. Ambos os cães, ao enxergarem o adestrador Ivan Brizola, correm em sua direção. Um afago, um elogio e os animais se deixam prender na guia para mais uma aula de adestramento no Parque Municipal Getúlio Vargas. No entanto, nenhum deles chama atenção por se tratar de um grande campeão de sua raça. São apenas mais dois a aumentar as estatísticas de bichos de estimação abandonados pelos donos na cidade.

O parque abriga hoje dez cães provenientes do descaso de alguns cidadãos canoenses. E cabe a Brizola fazer deles cães inteligentes que aprendam a obedecer brincando. O treinador de 46 anos, há 25 na profissão, conta que a paixão pelos animais existe desde criança, mas foi fora do país que o passatempo virou trabalho. Na Argentina, ele trabalhava em um canil e participava de torneios de adestramento, tendo vencido diversas competições. Ao retornar ao Brasil, chegou a utilizar equipamentos emprestados, mas agora já possui o próprio negócio. "É muito gratificante. Quando menos se percebe, envolve-se com essa mágica."

Câmeras no combate ao abandono

De acordo com a médica veterinária da Secretaria do Meio Ambiente, Maria Inês Costa, o número de animais abandonados nas dependências do Parque Municipal Getúlio Vargas ainda é grande. "As pessoas vêm aqui e os deixam, na maioria filhotes. Mas agora até mesmo os cães estão sendo treinados para a vigilância", conta. A veterinária afirma também que câmeras de segurança estão auxiliando a flagrar esses moradores, os quais podem ser autuados por crime ambiental.

Função social

Graduado em Educação Física e Pedagogia, Ivan Brizola agora pretende aderir à cãoterapia, na qual os bichos ajudam no tratamento a crianças com necessidades especiais, como mais uma de suas atividades. "Eu lido muito com shows em escolas, palestras e o meu trabalho acaba tendo uma função social múltipla. É uma relação dupla, de afeto, entre animais e as pessoas."

Foto: Claiton Dornelles/GES

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