quinta-feira, 17 de março de 2011

ELEFANTES: O CRITÉRIO DA ANTIGUIDADE

Idade da matriarca é decisiva na resposta de grupos familiares de elefantes frente a ameaças

17 de março de 2011

Na presença de rugidos de macho de leão os animais liderados por fêmeas com mais experiência rapidamente se dispõem numa formação defensiva, algo que não acontece quando o rugido é emitido por leoas, que tem menos probabilidade de atacar. Os grupos familiares com matricarcas mais jovens não têm o mesmo comportamento.
Cientistas ingleses acabam de publicar na revista Proceedings of the Royal Society B. mais um estudo que evidencia a importância da existência de uma matriarca com mais experiência num grupo de elefantes africanos para garantir a sua sobrevivência.
Os investigadores na Universsidade de Sussex (Reino Unido) testaram o comportamento de 39 manadas no Parque Nacional de Amboseli (Quénia) ao soar de rugidos de leões machos e  fêmeas, que constituem ameaças de distinta intensidade – os machos, ainda que solitários, podem atacar com sucesso uma cria, ao passo que as leoas só o fazem em grandes grupos.
Os resultados revelaram que os grupos liderados por fêmeas mais velhas reagiam ao rugido de leões machos ouvindo atentamente e dispondo-se rapidamente numa formação defensiva, o que não aconteceu quando os rugidos eram de leoa, e foi observado com menor frequência nos casos em que a elefante que lidera o grupo era mais jovem.
Segundo Karen McComb, que liderou a investigação “As matriarcas mais jovens não pareceram tão preocupadas com os leões machos como deviam“. E a investigadora acrescenta “Pensamos que é porque não foram tão expostas a essa ameaça; os leões {não atacam elefantes] assim com tanta frequência”.
A experiência de um outro investigador que trabalha com elefantes asiáticos corrobora esta teoria. Segundo Joshua Plotnik “As fêmeas mais velhas parecem estar mais atenta a potenciais ameaças que as fêmeas mais novas, o que é, provavelmente, uma consequência da sua maior experiência com um leque mais amplo de pressões ambientais”.
Fonte: Naturlink

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