No tráfico de animais, o Brasil também atua como receptador
Normalmente o Brasil é apontado como exportador de animais no criminoso mercado internacional de fauna silvestre, afinal a rica biodiversidade de nosso território chama a atenção de colecionadores, criadores de peixes ornamentais, laboratórios e institutos de pesquisas estrangeiros interessados em substâncias produzidas por insetos, répteis e anfíbios; e tantos outros “importadores”. Mas o país também contribui como comprador de exemplares da fauna de outros países.No município de Água Clara, no Mato Grosso do Sul, patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal encontraram na tarde de 4 de maio, em um Pálio, 1.005 canários peruanos. As aves seriam levadas para Brasília afirmou Jonas Andrade, que assumiu ser o responsável pela carga – com ele havia outros três homens. “A Polícia Militar Ambiental tem dados que indicam que estes canários saem do Peru e Bolívia e são levados principalmente para Brasília e a região Nordeste para serem utilizados em rinhas”, informa a matéria do site MS Notícias.
Jonas foi multado em R$ 502.500 e responderá, em liberdade, por crime ambiental. Se for condenado, a pena prevista é de seis meses a um ano de detenção; punição que raramente é aplicada, sendo transformada em uma pena alternativa (como pagamento de cestas básicas ou trabalhos comunitários). A Polícia Civil de Água Clara continuará a investigar o caso para tentar localizar os demais envolvidos no tráfico.
Os pássaros seriam encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Ibama (se já é difícil para o poder público devolver à natureza animais nativos do Brasil, imagine essas aves!). Essa é a terceira grande apreensão de canários nos últimos oito meses. Em fevereiro também foram apreendidos 1.005 e em setembro do ano passado 1.236.
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