A FLORIDA TENTA PROIBIR O SACRIFÍCIO DA ANIMAIS

Defensores dos animais tentam abolir o sacrifício de cães e gatos em cidade dos EUA

20 de maio de 2011

Por Carlos Lima  (da Redação)

"Cocoa" é um dos cães que aguardam adoção nos abrigos de animais (Foto: Paul Videla)

Grupos de defensores dos animais estão tentando, junto ao departamento de Serviços com Animais, fazer da cidade de Manatee, localizada na Flórida (EUA), um município que seja um modelo para os outros municípios do estado, abolindo a matança de animais nos abrigos.
Segundo informações do jornal Bradenton.com, Manatee mata aproximadamente 55% de todos os animais que vão para abrigos, de acordo com as estatísticas informadas pelo Serviços com Animais.
O departamento quer mudar isso e conta com o apoio de um grupo de voluntários amantes dos animais e grupos de resgate. Eles pretendem levar uma resolução para a comissão do município ainda este mês com o intuito de iniciar o processo de se tornarem uma comunidade que não mata e sim que salva a vida de cães e gatos apreendidos.
Segundo os funcionários e especialistas que se preocupam em manter os animais vivos, se o município pretende atingir um objetivo tão ambicioso, será necessário obter uma infraestrutura melhor.
Manatee está tentando cortar $8 milhões de um orçamento já apertado. É o quinto ano em que o município tem que fazer cortes em seu orçamento, e a cada ano os cortes são cada vez mais difíceis de se fazer porque eles afetam cada vez mais os serviços essenciais.

Gato brinca em centro de adoção (Foto: Paul Videla)

Outro problema é que os municípios são obrigados a realizar o serviço de controle de animais mas não são obrigados a salvar esses animais.
“Nós não somos obrigados a fazer programas de acolhimento e de adoção”, conta William Hutchison, diretor do Departamento de Segurança Pública que inclui a parte de Serviços com Animais. “Isso daria qualidade de vida aos animais, e nós não temos obrigação de fazer isso, mas seria o certo a fazer”.
O movimento para não sacrificar animais requer da comunidade um grande esforço porque precisa de mais voluntários para encaminhar e cuidar dos animais e também para obter mais suporte para remédios e suprimentos médicos, marketing, anúncios e treinamento, conforme dizem os protetores e oficiais do município. Haveria necessidade de suprir um alto volume de castração e esterilização a preço reduzido, como também a expansão de armadilhas e programa de soltura onde há grande concentração de gatos selvagens.
A Sociedade Humanitária é autora do Plano Estratégico da Comunidade para que não matem mais animais em Manatee. O plano prevê que a taxa de eutanásia pode ser reduzida para não mais do que 25 por cento. Eventualmente, gostariam de chegar a 10 por cento, até zerá-la.
Eles mudaram o nome de Controle Animal para Serviços com Animais e iniciaram mudando a forma de como pensavam seu trabalho.
O município abriu uma central de adoção, e neste espaço já foram adotados 75 animais. Esse centro não só ajudou a aumentar o numero de adoções como também trouxe visibilidade para a missão do município que incentiva a adoção de animais.
Outros empregados do município também estão envolvidos, eles vão até o centro de adoção e passeiam com os cães durante a hora de almoço. Um dos empregados questiona sobre se criar um programa de divulgação entre os empregados do município.
“Se você aumenta as adoções, você aumenta as receitas,” declarou Rebecca Neal, uma das diretoras da Humane Society de Manatee. “Isto será bem-vindo e vendável para os comissários do município de Manatee. Não está custando dinheiro, trata-se apenas de salvar os animais”.