sexta-feira, 20 de maio de 2011

CIENTISTAS SE PREPARAM PARA EVITAR ENCALHE EM MASSA DE BALEIAS


Cientistas se preparam para encalhe em massa de baleias

20 de maio de 2011

Baleias que se aproximam do litoral da Escócia começaram a ser avistadas desde a tarde de quinta-feira. Foto: BBC
Especialistas em animais marinhos estão se preparando para o encalhe de até 100 baleias-piloto nas ilhas Ocidentais, localizadas no norte da Escócia.
O grupo de baleias foi visto na tarde de quinta-feira na região de Loch Carnan. Cerca de 20 delas já apresentariam ferimentos nas cabeças, que teriam sido causados pelas tentativas das baleias de irem para a faixa litorânea da região, que é rochosa.
Baleias doentes ou feridas geralmente vão para as praias, onde morrem. No entanto, em alguns casos, baleias saudáveis seguem as que estão agonizando.
As equipes de resgate afirmaram que plataformas flutuantes infláveis já estão a caminho da região, para ajudar a colocar as baleias de volta ao caminho certo.
No entanto, as equipes informaram que as baleias estão fazendo muito barulho, o que pode ser um sinal de perturbação dos animais.
Águas profundas
Integrantes do grupo BDMLR (sigla em inglês de Mergulhadores Britânicos de Resgate de Vida Marinha) estão cuidando do caso e temem que as baleias, uma espécie de águas profundas, morram em um grande encalhe. Esse seria o maior já registrado na Escócia.
Alasdair Jack, organizador das equipes de mergulhadores na Escócia, afirmou que evitar o encalhe dos mamíferos poderá fazer com que os animais passem por um sofrimento desnecessário e acabem encalhando em outro lugar.
“Em vez de tentar evitar cheguem à praia, vamos deixar que as baleias venham, e então tentaremos lidar com a situação”, afirmou. “Temos vários flutuadores, que é nosso equipamento para lidar com as baleias, e mais destes equipamentos estão a caminho.”
“Vamos deixar que as baleias façam o que quiserem e então esperar para ver o que acontece”, disse.
O inspetor da SPCA (Sociedade para Prevenção da Crueldade contra Animais, da Escócia), Calum Watt, disse que as baleias têm laços sociais fortes, o que significa que um mamífero pode seguir outro que esteja doente ou ferido até a praia.
“Neste momento, temos esperança que elas não encalhem, mas nossa preocupação é que as baleias feridas venham para a praia e sejam seguidas”, disse.
“Tentar levar tantas baleias de volta poderá ser uma tarefa enorme e, se elas encalharem, vamos ter que decidir sobre a melhor forma de agir.”
Segundo Watt, o maior número de baleias encalhadas que foram levadas de volta ao mar foi sete, em 1993. “Infelizmente, todas voltaram à praia e morreram”, disse.
Outro grupo
Baleias-piloto podem chegar a mais de seis metros de comprimento e estão entre os animais marinhos mais comuns.
O operador de ecoturismo Stefe Duffield, que fotografou o grupo de animais, afirmou que não é comum ver baleias-piloto tão próximas da costa.
“Esta é uma espécie de águas profundas (…) raramente vista em lagos costeiros”, afirmou.
Em outubro de 2010, outro coletivo de baleias-piloto foi visto na mesma região. Dias depois, 33 baleias, que pertenceriam ao grupo, foram descobertas mortas em uma praia da região.
“É incrível que um segundo grupo, desta vez provavelmente com mais do dobro de tamanho, tenha chegado à mesma área”, disse Calum Watt. “Não há razão conhecida para que elas venham parao mesmo lugar”.
Foto: reprodução AO online
Portugal
Nesta sexta-feira foi encontrada sem vida, no mar da Ribeira Quente, uma orca com cerca de 6,5 metros e 3 toneladas, informa nota da Câmara Municipal. Especialistas da Universidade dos Açores recolheram amostras para análise. As causas da morte ainda não são conhecidas.

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