quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DOMA RACIONAL

Doma racional evita risco de acidentes no campo


No meio urbano é comum que crianças, jovens e adultos tenham o cachorro como seu melhor amigo. No campo, além de companheiro, o cavalo é quem está presente na lida das atividades rurais junto com seu dono. Mas a tarefa de domar o animal para que ele cumpra suas funções na atividade rural não é das mais simples. Exige paciência, dedicação e respeito mútuo entre cavalo e cavaleiro. Esses serão os princípios ensinados no curso de doma racional que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS) oferece, de 8 a 12 de fevereiro, nos municípios de Nova Andradina e Jatei.



Na doma tradicional, segundo o instrutor do Senar/MS que irá ministrar o curso em Nova Andradina, Antônio Carlos Silva, por falta de habilidade para lidar com o animal, o homem rural acaba usando a violência e impondo a força sobre o cavalo, o que pode provocar mais riscos de acidente no campo. “Já com as técnicas utilizadas na doma racional, a confiança entre cavalo e cavaleiro aumenta com o passar do tempo, evitando acidentes de trabalho. Você terá não apenas um animal, mas um companheiro de trabalho” enfatiza o experiente profissional que já pratica a doma racional há 30 anos.



Para adquirir resultados positivos no desempenho das atividades pecuárias, a doma racional utiliza métodos da psicologia para melhorar o tratamento e o relacionamento homem-cavalo. “Nós ensinamos como amansar o cavalo sem maltratar e sem usar a força bruta. É importante o entendimento entre cavalo e cavaleiro até para que fique mais fácil saber o momento certo de colocar as rédeas, por exemplo”, explica Antônio



De acordo com o instrutor, o bom cavaleiro precisa desenvolver certas habilidades. Ser observador, ter sensibilidade apurada, calma e paciência são características essenciais para quem pretende conquistar mais que um instrumento de trabalho, mas o seu melhor amigo no campo. “O cavalo fala conosco através das linguagens dos sinais, como movimento de orelhas e dos olhos. Então, o homem precisa ter sensibilidade para saber a hora em que o cavalo estará mais receptivo e em qual momento ele irá agir. O domador precisa estar atenta ao cavalo”, salienta.



Além de se evitar riscos de acidentes, o instrutor do Senar/MS acredita que o manejo correto e seguro aplicado pela doma racional pode ainda prolongar a vida de um animal. “Todo cavalo domado com respeito será um animal que terá a sua vida útil muito mais longa”, afirma.



Os interessados em fazer o curso de doma racional precisam ter no mínimo 18 anos, ser trabalhador na atividade rural e ter concluído o 5° ano do ensino fundamental. Para isso, basta procurar a sede do Sindicato Rural do Município. Do dia 7 até o dia 11 de fevereiro, acontece o curso de “Adestramento de Eqüinos”, em Brasilândia, e de 8 a 12 de fevereiro, o mesmo curso será realizado em Miranda.



Sobre o Senar



O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) é uma instituição mantida pela classe patronal rural, vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Tem o objetivo de desenvolver ações educativas, que visam o desenvolvimento do homem rural como cidadão e como trabalhador, numa perspectiva de crescimento e bem-estar social.



O Senar está presente em todos os municípios de Mato Grosso do Sul, atuando em parceria com os 68 sindicatos rurais e desenvolvendo iniciativas de educação, informação e conhecimento em agronegócio. O trabalho é desenvolvido a partir da missão de contribuir com o setor agropecuário, um dos mais importantes vetores da economia do Estado.

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